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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

O valor sempre atual dos salmos

Os Salmos são sempre atuais porque são Palavra de Deus como todos os livros da Sagrada Escritura. Nos manuais podemos encontrar orações muito mais lindas e imediatas, mas não chegam a ter a mesma importância dos Salmos porque os salmos são palavra de Deus meditada, rezada e cantada.

“O mesmo Espírito Santo, que inspirou os salmistas continua a assistir com a Sua inspiração, com a Sua graça, todos aqueles que animados pela fé e boa vontade, salmodiam estes sagrados hinos”. (Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas” 102). Com os salmos é o próprio Deus que nos ensina a orar, pois nem sequer sabemos como orar, nem o que dizer, mas os Salmos, inspirados pelo Espírito Santo, são uma escola de oração, uma aprendizagem contínua.

Os salmos nasceram da experiência quotidiana do povo de Israel, descrevem a amizade de Deus para com os homens; são “Palavra de Deus” acolhida, meditada e rezada.

Os Salmos são poemas, feitos para serem cantados. Podem também ser rezados, mas sempre dando atenção às palavras que pronunciamos e, sobretudo a Deus, que nos fala e com quem falamos. Neles é Deus que nos sugere as palavras certas, o que Lhe podemos dizer.

A oração verdadeira é sempre expressão de amor. Assim é também a oração dos Salmos: não basta rezá-los com os lábios, temos que os rezar com o coração. O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos que a oração não é um vá repetição de palavras: «Quando rezardes, não useis vãs repetições, como fazem os pagãos» (Mt 6,6) «mas dizei “Pai nosso”. O que deve animar a nossa oração é confiança filial. Um Salmo rezado distraidamente não é verdadeira oração. Como qualquer outra oração temos que dar atenção as palavras de dizemos e a Deus com o qual falamos.

Os salmos, em cada palavra, em cada imagem e em cada símbolo transmitem uma mensagem. Não basta dizer que o salmo diz isto e mais aquilo; é preciso poder dizer, este salmo “me” diz isto e mais aquilo, e que “mo” diz deste modo e “me” faz vibrar assim. Assim o salmo revela a sua força poética. Os salmos é um cântico de amor que deve ser rezado com toda a força poética que ele contém. 

A dificuldade dos Salmos

A oração dos Salmos apresenta alguma dificuldade. Em primeiro lugar, a sua  linguagem poética, cheia de símbolos e de imagens. Em segundo lugar, contêm uma mentalidade diferente da nossa. Contudo, existem ao menos quarenta salmos que usam uma linguagem simples que todos compreendem. 

Os Salmos tornam-se compreensíveis à luz de Cristo. É Jesus Cristo que dá o verdadeiro sentido ao Antigo Testamento, também aos Salmos. Os Salmos, sem Cristo, perdem seu sentido, porque só Cristo encontram o seu cumprimento. 

Os Salmos é oração de Cristo e da Igreja. Nos salmos é o próprio Jesus Cristo que reza; é Ele quem põe na boca da Igreja as palavras mais verdadeiras e sinceras que podem ser dirigidas a Deus. Palavras verdadeira que não negam os sofrimentos e os sentimentos humanos. Palavras tão reais que, talvez, não teríamos a coragem de dizer a Deu, mas nos salmos Ele próprio as coloca na nossa boca. Pelos salmos, Deus dá-se a conhecer como Pai que cuida dos seus filhos, como Criador que ama as suas criaturas e como Bom Pastor que cuida do seu rebanho; um Deus amigo amigos dos homens, que nos conhece profundamente e nos ama.  

Os Salmos iluminam a nossa história para nela descobrirmos nela a presença providencial de Deus e o Seu projeto de salvação; um Deus de Amor que nos chama à felicidade e à salvação eterna.

Bendirei o Senhor em todo o tempo. O Seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma enaltece o Senhor: ouçam os humildes e exultem no Senhor. Procuro o Senhor e Ele me atende e me livra de todos os medos. O que olha para Ele estará radiante ... Saboreai e vede como o Senhor é bom; feliz o homem que Nele se abriga! (do Salmo 34).

 

 


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