Os
Salmos são sempre atuais porque são Palavra de Deus como todos os livros da Sagrada Escritura. Nos
manuais podemos encontrar orações muito mais lindas e imediatas, mas não chegam
a ter a mesma importância dos Salmos porque os salmos são palavra de Deus
meditada, rezada e cantada.
“O
mesmo Espírito Santo, que inspirou os salmistas continua a assistir com a Sua
inspiração, com a Sua graça, todos aqueles que animados pela fé e boa vontade,
salmodiam estes sagrados hinos”.
(Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas” 102). Com os salmos é o próprio
Deus que nos ensina a orar, pois nem sequer sabemos como orar, nem o que dizer,
mas os Salmos, inspirados pelo Espírito Santo, são uma escola de oração,
uma aprendizagem contínua.
Os salmos nasceram da experiência
quotidiana do povo de Israel, descrevem a amizade de Deus para com os homens;
são “Palavra de Deus” acolhida, meditada e rezada.
Os Salmos são poemas, feitos para serem
cantados. Podem também ser rezados, mas sempre dando atenção às palavras que
pronunciamos e, sobretudo a Deus, que nos fala e com quem falamos. Neles é Deus
que nos sugere as palavras certas, o que Lhe podemos dizer.
A oração verdadeira é sempre expressão de
amor. Assim é também a oração dos Salmos: não basta rezá-los com os lábios,
temos que os rezar com o coração. O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos
que a oração não é um vá repetição de palavras: «Quando rezardes, não useis vãs
repetições, como fazem os pagãos» (Mt
6,6) «mas dizei “Pai nosso”. O que deve animar a nossa oração é
confiança filial. Um Salmo rezado distraidamente não é verdadeira oração. Como
qualquer outra oração temos que dar atenção as palavras de dizemos e a Deus com
o qual falamos.
Os salmos, em cada palavra, em cada imagem
e em cada símbolo transmitem uma mensagem. Não basta dizer que o salmo diz isto
e mais aquilo; é preciso poder dizer, este salmo “me” diz isto e mais aquilo, e
que “mo” diz deste modo e “me” faz vibrar assim. Assim o salmo revela a sua
força poética. Os salmos é um cântico de amor que deve ser rezado com toda a
força poética que ele contém.
A
dificuldade dos Salmos
A
oração dos Salmos apresenta alguma dificuldade. Em primeiro lugar, a sua
linguagem poética, cheia de símbolos e de imagens. Em segundo
lugar, contêm uma mentalidade diferente da nossa. Contudo, existem ao
menos quarenta salmos que usam uma linguagem simples que todos
compreendem.
Os
Salmos tornam-se compreensíveis à luz de Cristo. É Jesus Cristo que dá o verdadeiro sentido ao
Antigo Testamento, também aos Salmos. Os Salmos, sem Cristo, perdem seu
sentido, porque só Cristo encontram o seu cumprimento.
Os Salmos é oração de Cristo e da
Igreja. Nos salmos é o próprio Jesus Cristo que
reza; é Ele quem põe na boca da Igreja as palavras mais verdadeiras e sinceras
que podem ser dirigidas a Deus. Palavras verdadeira que não negam os
sofrimentos e os sentimentos humanos. Palavras tão reais que, talvez, não
teríamos a coragem de dizer a Deu, mas nos salmos Ele próprio as coloca na
nossa boca. Pelos salmos, Deus dá-se a conhecer como Pai que cuida dos seus
filhos, como Criador que ama as suas criaturas e como Bom Pastor que cuida do
seu rebanho; um Deus amigo amigos dos homens, que nos conhece profundamente e
nos ama.
Os Salmos iluminam a nossa história para
nela descobrirmos nela a presença providencial de Deus e o Seu projeto de
salvação; um Deus de Amor que nos chama à felicidade e à salvação eterna.
Bendirei o Senhor em todo o tempo. O Seu
louvor estará sempre na minha boca. A minha alma enaltece o Senhor: ouçam os
humildes e exultem no Senhor. Procuro o Senhor e Ele me atende e me livra de
todos os medos. O que olha para Ele estará radiante ... Saboreai e vede como o
Senhor é bom; feliz o homem que Nele se abriga! (do Salmo 34).
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